O Dia de São Valentim deixou-me a reflectir na forma como actualmente se vivem as relações e a temer o pior num futuro próximo ...
Por exemplo, no que toca à traição, tenho plena consciência de que sempre foi um tema recorrente e se há umas gerações as mulheres tinham de se sujeitar às "escapadinhas" dos maridos, por não trabalharem e não terem forma de se sustentar, também sei que havia senhoras que procuravam um "ombro amigo" quando os maridos eram ausentes e não lhes davam atenção. Além dos factores económicos, as traições eram "abafadas" pelo facto dos divórcios serem mal vistos pela sociedade de então.
Não quero com isto desculpar ninguém e, fossem quais fossem as razões, reconheço que a traição não é exclusiva do sexo masculino, mas confesso ouvir muitos mais casos de traidores do que de traidoras (desculpem lá, homens ...)
Mas o que mais me inquieta na traição é a despreocupação e ligeireza de quem a pratica depois de ter assumido um compromisso, seja o namoro ou o casamento (para mim, a responsabilidade é idêntica).
Revolta-me e repugna-me mesmo saber de indivíduos que, perante a sociedade, são os "companheiros perfeitos" e apregoam aos "sete ventos" o quanto amam a pessoa com quem escolheram estar e depois, num momento de fraqueza, vulnerabilidade ou cansaço da monotonia, têm comportamentos inapropriados e que desrespeitam claramente a pessoa com quem estão.
Chamem-me antiquada, ingénua até, mas eu acredito na fidelidade plena quando escolhemos partilhar a vida com alguém e vou até ao ponto de afirmar que quem não se sente capaz disso, não deve assumir um casamento "até que a morte os separe". Há coisas que não se fazem de ânimo leve!
Preciso de acreditar que num relacionamento, por mais longo que seja, o ego e a vontade de "quero ver se ainda não perdi o jeito e continuo atraente" não se deveria sobrepor à mágoa, tristeza e à desconfiança que as traições acarretam ...
Não entendo como é que o risco, a emoção e a adrenalina de viver um "affair" possa ser mais importante do que manter um sentimento há muito acarinhado ... e muito menos concordo que haja "deslizes" que salvam um casamento (até podem salvar, mas só se nunca forem descobertos, hehehe ...)
Aparte a gracinha, recuso-me terminantemente a aceitar que a traição é um mal menor e que é melhor fechar os olhos e perdoar, do que acabar com um casamento de décadas e ficar sozinha/o ...
... (mas sei o quanto custa a solidão) ...
O pior é que quando leio os meus textos iniciais, percebo que estou a ficar menos romântica e confiante na esperança de encontrar o homem certo. Não me considero muito exigente, porque acho que não é pedir demais alguém que me ame e respeite e que goste de me tratar bem e mimar ...
Infelizmente, tenho encontrado homens que só se querem divertir "sem compromisso", o que para mim é mais uma desculpa para justificar a promiscuidade ...
Sei que há homens decentes, mas os que conheço ou são família (e há a chatice da consanguinidade), ou estão comprometidos ... ou são homossexuais (o que é realmente uma pena ... para mim claro!) :P
Sentir-me sozinha deixou de ser novidade e acho que me vou habituando à ideia de que o homem que procuro só existe na minha imaginação, mas caramba, sou assim tão difícil de satisfazer que terei de me resignar a estar com alguém que me liga duas vezes por semana e saltar de contente por ele se ter lembrado de mim?
Esta sociedade de relações "fast-food" estará manchada por uma mentalidade tão livre e despudorada que querer um relacionamento (e ainda para mais que ele me seja fiel) é assim tão absurdo e descabido?
Nesta vida apressada e em que conhecer (e descartar) pessoas é tão fácil como escolher produtos no supermercado, estará o Amor no fim da nossa lista de prioridades?
Quando eu era criança, achava que os adultos complicavam coisas tão simples - e ainda continuo a achar o mesmo - mas não vou mudar a minha mentalidade algo adolescente ... apesar das desilusões, vou continuar fiel a mim própria e a preferir estar sozinha do que aceitar um homem que não me respeita, achando que ele vai mudar um dia ... ou um "menino da mamã" que não me defenda perante as provocações da matriarca e, definitivamente não vou ficar ao lado de quem não é capaz de dar o braço a torcer e mostrar que gosta de mim, mesmo quando eu não tenho razão ...
É claro que gostava de ter alguém a meu lado, mas não me vou sujeitar novamente a ser relegada para segundo plano por quem não me sabe valorizar ... mereço ocupar o 1º lugar no coração de alguém e permanecer lá, como uma tatuagem :)
Ele anda por aí ...
Sentir-me sozinha deixou de ser novidade e acho que me vou habituando à ideia de que o homem que procuro só existe na minha imaginação, mas caramba, sou assim tão difícil de satisfazer que terei de me resignar a estar com alguém que me liga duas vezes por semana e saltar de contente por ele se ter lembrado de mim?
Esta sociedade de relações "fast-food" estará manchada por uma mentalidade tão livre e despudorada que querer um relacionamento (e ainda para mais que ele me seja fiel) é assim tão absurdo e descabido?
Nesta vida apressada e em que conhecer (e descartar) pessoas é tão fácil como escolher produtos no supermercado, estará o Amor no fim da nossa lista de prioridades?
Quando eu era criança, achava que os adultos complicavam coisas tão simples - e ainda continuo a achar o mesmo - mas não vou mudar a minha mentalidade algo adolescente ... apesar das desilusões, vou continuar fiel a mim própria e a preferir estar sozinha do que aceitar um homem que não me respeita, achando que ele vai mudar um dia ... ou um "menino da mamã" que não me defenda perante as provocações da matriarca e, definitivamente não vou ficar ao lado de quem não é capaz de dar o braço a torcer e mostrar que gosta de mim, mesmo quando eu não tenho razão ...
É claro que gostava de ter alguém a meu lado, mas não me vou sujeitar novamente a ser relegada para segundo plano por quem não me sabe valorizar ... mereço ocupar o 1º lugar no coração de alguém e permanecer lá, como uma tatuagem :)
Ele anda por aí ...