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domingo, 14 de março de 2010

As expectativas da Felicidade ...

Há dias uma grande amiga colocou-me uma boa questão ... se será preferível estar com alguém por quem não estamos loucamente apaixonadas, mas que nos trata com afecto, carinho e respeito ... ou procurar o amor romântico, aventureiro e imprevisível como é retratado nos livros e filmes e que, na vida real, acaba por estar representado num "bad boy" que nem sempre nos trata como merecemos ... 
Hesitei na resposta ... se por um lado acho que todos merecemos o "big L" e que o amor tem de ser vivido na sua plenitude - pois não será justo estar com alguém que me ame verdadeiramente e não ser recíproco (e vice-versa) - sei também que às vezes idealizamos este sentimento de uma forma algo irrealista (eu culpo a literatura e o cinema!) ... 
Penso mesmo que a ideia do que o amor deve ser é muitas vezes sobrevalorizada e acabamos por desperdiçar a oportunidade de sermos felizes com alguém porque à partida não fazia "o nosso género". 
Se me perguntassem há algum tempo a mesma questão, não haveria dilema e a minha resposta seria pronta e firme: quero o homem da minha "lista da mercearia"!! 
Mas agora que vivi um pouco mais e vou somando desilusões, vejo caírem por terra muitas das minhas certezas e convicções no que toca ao assunto Amor. 
Ai ai ... espanta-me constatar a rapidez com que tenho mudado a minha forma de olhar para o mais belo sentimento do mundo, cada vez menos romântica e ingénua ... pensava que não seria nada complicado encontrar a felicidade ao lado de alguém que me completasse e agora sinto que me estou a tornar numa pessoa descrente e mais desconfiada ... e temo nunca mais voltar a ser como era ...
Calma, dirão os meus amigos ... um dia de cada vez! Assim sendo, a minha resposta à  pergunta sobre as expectativas da felicidade é que neste momento prefiro estar só a viver um sentimento mais morno ... ainda não estou disposta a prescindir da esperança em encontrar alguém especial. 
Por outro lado,  também estou mais realista e começo a compreender que haja quem privilegie a estabilidade e segurança num relacionamento em detrimento de uma paixão arrebatadora ... 
E infelizmente, também conheço quem não aguente estar só e se contente com "gostar" em vez de "amar" ... porque ao fim de algum tempo a solidão mói e dói de tal forma que faz mirrar o coração, até mergulharmos numa tristeza dolorosa que nenhuma amizade ou familiar consegue atenuar ... 
Apesar de estar rodeada por pessoas que gostam de mim e me valorizam pelo que sou, ainda continuo a achar que estar apaixonada é revigorante a todos os níveis e que nada consegue substituir essa sensação ... uma chatice, digo eu!!
Pois é, acabadas as certezas, chego à conclusão de que independentemente das opções de cada um, há que viver um dia de cada vez, com um sorriso nos lábios e esperança na alma e ver o que acontece ... porque o melhor da vida é que ela não cessa de nos surpreender :)

3 comentários:

  1. Querida Isabel, não pude deixar de comentar depois de ter lido o teu texto..
    Eu entendo-te perfeitamente e adoraria poder fazer-te mudar de ideias..
    O amor como nos filmes está longe de ser verdadeiro e o homem por quem nos apaixonamos tem algo de príncipe encantado e "bad boy" à mistura. Nada é perfeito, isso é certo. Mas uma coisa eu te garanto: o simples "gostar" não chega.. Se o sentimento não é recíproco, não vale a pena.
    Acredita que um dia, quando menos esperares, irá acontecer o grande "big bang" na tua vida e serás realmente feliz como mereces ser, como eu te tenho dito ;-)
    E nunca te esqueças duma coisa: numa relação é preciso nos apaixonarmos várias vezes.. sempre pela a mesma pessoa! That's the secret ;-)
    Um beijo minha linda!

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  2. Estou totalmente de acordo com a tua amiga Pineca (nome giro que nos chamavam e que nunca me passou pela cabeça por por escrito), hehe.
    Tu tranquila que quando menos esperares e menos buscares ele aparecerá. Entretanto vai poupando uns trocos para me vires visitar!!! Bjs

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  3. Francisco Gonçalves23 de março de 2010 às 10:32

    Amifa Isabel... como te compreendo! De factod tocaste em pontos que considero fulcrais e ao mesmo tempo iluminadores de dúvidas... Não chega gostar para manter uma relação, a estabilidade pessoal e financeira pode ajudar... mas só por algum tempo e por fim o santo graal das relações o Amor profundo e verdadeiro. Penso que a melhor sabedoria que podes ir buscar é nas relações mais antigas, saber porque tantos casais mantêm-se por mais de 30 anos juntos...Podia mentir-te e dizer que foi a chama do amor que se amnteve acesa, mas não é... Pelo menos é o que me dizem...!

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