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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

PARTE II - O prazo do esquecimento

Infelizmente, nem sempre o amor, por si, é suficiente para manter um relacionamento, já dizia a canção ...
E a verdade é que, por mais que goste de finais felizes, o sentimento acaba ... a paixão nem sempre se transforma em amor e, às vezes, as incompatibilidades e pequenos defeitos são mais fortes e tudo termina ... acaba num fôlego ... 
Fico triste quando sei que certos casais, que irradiavam uma aura de felicidade e boa disposição, se separaram e que, eventualmente, se vão tornar estranhos, passado pouco tempo ...
...
Pois ... "reality check"! A vida não pára, o coração não cessa de bater, ininterrupto ... e, muitas vezes, um novo amor chega, de forma inesperada ...
E por isso me questiono ... qual será o prazo do esquecimento?
Um sentimento vivido a dois, intensamente, em pleno, pode ser esquecido em poucos dias, horas, segundos, tal a velocidade estonteante a que vivemos??
As fotografias, recordações e vivências felizes desvanecem-se num ápice, perante a hipótese de viver uma nova paixão, do início, sem vícios e (ainda) poucos perigos de nos magoarmos??
Tais pensamentos causam-me angústia ... teremos assim tão pouca importância na vida de alguém para sermos secundados, tão rapidamente, nos batimentos cardíacos, memórias, toques e sensações?
...
Ok, "reality check" outra vez! A verdade é que isto acontece quando o sentimento não era assim tão forte ... e cada (ex)casal sabe da sua situação ... mas entristece-me na mesma ...
Não sei se será a insatisfação permanente de tantos de nós, que nos faz querer idealizar um melhor compromisso, ao invés de investirmos no actual.
Mas hoje, mais do que nunca, vejo mais desistências às primeiras dificuldades ... mais separações às desilusões iniciais ... menos vontade de resolver os problemas às discussões mais básicas ...
Serei eu demasiado idealista e romântica? Estarei a ser demasiado exigente ou ingénua nos meandros do amor?
Ou então, se calhar, é mesmo como diz a canção ... "Sometimes Love Just Ain't Enough" e há amores que não são os certos ... e, sendo assim, há que continuar a arriscar na busca pela pessoa que nos fará bater o coração descompassadamente ... para o resto da nossa vida :)

3 comentários:

  1. Tudo nesta vida tem prazo, agora a sua longevidade depende da qualidade do produto...

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  2. Não tenho a Visão economicista da tua mana, nem tão pouco a visão maternalista que pareces defender... Mas tenho outra que me parece ter mais cartas a dar... Acima de tudo e porque as coisas são mesmo assim, vivemos de cinestesia, na sua ausência, murchamos como uma flor! Agora pegando no que escreves... Se a ausência da paixão/sentimento/dádiva já estiver impregnada numa relação, é o começo do fim... Acrescido a isso o término e posterior necessidade de sermos inundados de carinho por outra pessoa rapidamente esquecemos o "back track" e um novo e lindo Mundo surge à nossa frente... Mesmo que ele nos apareça em segundos! Existem várias experiencias no Mundo Animal que comprovam o que digo...!
    Continua assim... A pureza que apresentas faz de ti aquilo que és! ;)

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  3. Falando apenas da imagem actualmente transmitida sobre os relacionamentos que vemos no cinema, na televisão ou daqueles que conhecemos e experienciamos, facilmente vemos que adequam-se às novas exigências de um mundo capitalista, globalizado, onde a tendência é para que tudo seja lucrativo e quando já não o for, que seja descartável.

    Ainda bem que ainda existem muitos que pensam como tu.

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