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quarta-feira, 1 de setembro de 2010

O prazo do sentimento (e sim, ainda continuo lamechas)

Vi hoje um filme ternurento, "Cartas para Julieta" e que me deixou lamechas quando saí do cinema.
Sem querer estragar a história, o filme fala sobre uma senhora que procura um amor perdido no tempo e que já não vê há cinquenta anos.
Independentemente de como acaba esta comédia romântica, gostei muito da ideia que pretende transmitir ... a de que um amor verdadeiro resiste ao passar da areia na ampulheta e às contrariedades e que, quando gostamos realmente de alguém, nunca é tarde demais para viver esse sentimento ...
Achei uma mensagem realmente positiva, principalmente nos dias que hoje correm e quando me faz tanta confusão o estado a que o ser humano chegou ... fechamos o coração, desconfiando de tudo e todos, sempre de pé atrás para nos protegermos da dor e acabando muitas vezes por não existir em pleno, com medo de somar mais uma decepção.
E eu, que voltei recentemente a sofrer mais uma desilusão, posso afirmar sem sombra de dúvida que continuo esperançada no mais belo sentimento do mundo. Tive a sorte de encontrar alguém que me voltou a fazer confiar na decência e hombridade masculinas e, apesar de não ter resultado, fui feliz enquanto durou.
Porque para mim, a vida é isso mesmo ... lembrarmo-nos com carinho dos melhores momentos, aprendendo com os momentos menos bons e crescendo pelo caminho.
Não estou rancorosa, nem magoada, estou triste sim, mas com a esperança renovada nos relacionamentos e a expectativa de que vai correr tudo bem para a próxima ...
O filme "Cartas para Julieta" mostra isso também, que viver não é fácil, mas que vale sempre a pena arriscar amar, entregarmo-nos sem reservas, dar tudo sem esperar nada em troca e ver o que acontece ... seguir o coração e simplesmente ... sentir ... 
Temos de continuar a acreditar no final feliz, porque um dia ele acaba por chegar e temos de o abraçar sem reticências ...
E como me disse há tempos uma grande amiga sobre o que deve ser o amor:  «sim, tem que ser como nos filmes!» ... em que nos apetece cantar e dançar na rua, querer abraçar toda a gente e, pelo meio, suspirar de 5 em 5 minutos com um sorriso parvo na cara ...
Um sentimento em que o dia fica melhor assim que o vemos, que faz partir o nosso coração em mil pedacinhos quando ele está triste, mas que rejubila quando ele nos manda uma mensagem a dizer «gosto de ti» ...
Porque se não for assim, não é o amor que eu quero e não serve para mim ... hei-de esperar o tempo que for necessário e mais algum ... e se ficar para tia, hei-de ser feliz na mesma ... porque já me sinto inteira sozinha, um amor só me tornará ainda mais resplandecente :)  

4 comentários:

  1. Querida amiga,
    os caminhos não são todos iguais e "ficar para tia" só era uma desgraça no tempo das nossas avós, em que as mulheres tinham de casar para terem um meio de subsistência.
    Mas tu não ficarás para tia, believe me. O que se passa é que quanto mais especiais são as coisas,mais demoram em chegar.
    Esperar por aquilo em que acreditamos vale sempre a pena; eu esperei, espero, esperarei :)

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  2. Muito bom!
    E acredita, vem mesmo a calhar :)

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  3. Mana, estás proibida de ver essas comédias românticas que só acontecem no cinema! A partir de agora só sangue e violência, tá?!
    Tens de dar tempo ao tempo e verás que a tua espera será compensada. Um beijo

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  4. Hoje revi na SIC o "27 Dresses" e transmite bem a tua ideia. Depois de ter sido dama de honor em 27 casamentos de amigos acaba casando com alguém inesperado que lhe causa a sensação "em que nos apetece cantar e dançar na rua, querer abraçar toda a gente, e pelo meio, suspirar de 5 em 5 minutos com um sorriso parvo na cara..."
    Um abraço e desfruta da tua disposição emocional

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