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quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Os Acasos do Amor ...

Tenho andado a reflectir sobre a minha abordagem ao mais belo sentimento do mundo e às expectativas que crio em relação a como ele deve ser ... depois de uma conversa deveras interessante com alguém detentor de uma perspectiva curiosa, fiquei a pensar nos "acasos do amor".
Como romântica convicta e confessa que sou, gosto de acreditar na possibilidade da "paixão à 1ª vista" e de ver todo o processo de conhecer alguém como se de um filme se tratasse, em que até há "pós de perlimpimpim" a flutuar no ar e a tocar bem levemente os dois apaixonados, que sabem que encontraram a alma gémea só com um olhar ...
Mas, de volta à realidade, estive à conversa com um moço bem casado e que tem uma forma de olhar para este sentimento de forma mais crua, ainda que não menos intensa ... afinal, ele já encontrou a mulher da vida dele :)
E ao contar-me como tudo começou, explicou-me que foram meros acasos, aqueles encontros fortuitos em que se arrisca para ver no que dá, com poucas expectativas ... engraçou com a menina e deu o 1º passo para a conhecer melhor ... ela por sua vez, decidiu dar-lhe uma oportunidade e saber mais sobre ele, passando por cima de uma primeira impressão, pouco favorável ...
Ou seja, se nenhum deles tivesse agido desta forma, o mais provável era nunca se terem voltado a cruzar, perdendo a oportunidade de serem felizes juntos ...
e é isto que me incomoda, não houve uma grande magia nem o friozinho na barriga, nem uma história incrível e fantástica de um 1º encontro para contar aos netos ...
Segundo ele, foram casualidades que resultaram, mas que se não se tivessem proporcionado, hoje, passados tantos anos, provavelmente não passariam de uma boa e ténue recordação ...

E custa-me a admitir que às vezes (a maior parte das vezes) é assim que tudo acontece, as primeiras impressões não passam disso mesmo, impressões, e que apesar de acharmos alguém interessante, e de até termos uma conversa engraçada, isso não significa que tenhamos "marcado" de forma irremediável a nossa paixoneta ... no dia seguinte, o mas provável é nem se lembrar do nosso nome ...
Sei que este rapaz "realista" tem razão ... porque apesar de eu gostar que fosse como nos filmes, nem sempre é um primeiro olhar que nos faz estacar o coração e exclamar, sem nos conseguirmos conter "é ele, é o meu John!!" ... às vezes, o sentimento aparece mais tímido, pé ante pé, e sem o fogo de artifício pelo qual a maior parte de nós espera ...
E no fim de contas, este casal é feliz e planeia sê-lo por muitos e bons anos, porque houve dedicação, empenho e paciência no cultivo de uma atracção que agora permite conjugar o verbo "amar" a dois :)
E depois da conversa que tive, percebi que tenho de começar a levar a vida menos a sério e a acreditar que as pessoas podem mudar de ideias ...
Conhecer alguém e deixar-me ir, e não imaginar cenários idílicos que acabam por se revelar prematuros e irrealistas ...
Os relacionamentos devem começar sem planos, porque n
inguém sabe o dia de amanhã ...

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