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domingo, 24 de maio de 2009

Casamento: acto de fé ou de loucura?

Este fim-de-semana fui ao casamento de dois jovens bonitos e bem dispostos :)
Eu, romântica convicta, adorei cada minuto e não consegui evitar sorrir a cada gesto de carinho e felicidade estampada nos rostos deles. Foi um dia bem passado, sem complicações, e que me renovou toda a esperança de que é possível encontrar a cara metade e ter o tão desejado "happy end".
Ainda assim, e apesar de ter confirmado neste dia a minha crença quase cega no Amor, não posso dizer o mesmo da forma que eles escolheram para o afirmar, através da instituição casamento.
Isso porque sei, infelizmente, que para muitos (com as devidas excepções), assinar um papel significa possuir o outro, que passa a ser sua propriedade, como se de mercadoria se tratasse.
Podem não concordar comigo, mas eu acho que por mais apaixonado que um casal esteja, é saudável um pequeno sentimento de insegurança e a sensação de que nem todos os erros e asneiras são perdoáveis.
Conheço muitos casos de pessoas que, depois de casadas, pensam que a relação está garantida, é para toda a vida, e que "mas eu sou a tua mulher/marido!", é justificação para as mágoas ficarem prontamente resolvidas.
Não sou contra o casamento, mas ainda não entendi bem os seus benefícios, há quem diga que o casal se sente mais estável e mais tranquilo do que antes, mas penso que isso acaba por ser um argumento algo fraco, não me convence.
No contexto actual da sociedade, em que já não há empregos para a vida, mudar de casa 4 vezes já é hábito, e passamos mais tempo com os colegas, no trabalho, que com amigos e família, custa-me a conceber uma instituição que une "para sempre" ...
Para mim, e desculpem os casados, o casamento não garante mais amor nem mais felicidade, é só um papel, mais burocracia perante uma sociedade para a qual somos cada vez mais números e menos seres humanos ...
Questiono-me mesmo se, em tempos de vidas "fast-food", casar será um acto de fé ou de loucura?
Ainda não tenho resposta para isso, sei para o casal de ontem, é de fé ... se calhar, eu só preciso de encontrar quem esteja disposto a ficar comigo até ao fim dos nossos dias, na saúde e na doença, para perceber a lógica de querer uma aliança no dedo.
Apelando à minha lamechice, e tentando ver a situação com os olhos do coração, se calhar é fé e loucura, é confiar na fidelidade longe do olhar, é conseguir perdoar, mesmo com mágoa, é dizer "vamos a eles!", apesar da carapaça de desconfiança causada por tantas desilusões, é acreditar que é possível voltar a apaixonarmo-nos, dia após dia, pela mesma pessoa, e mostrar toda a vulnerabilidade da alma e corpo, ao repeti-lo, todos os anoiteceres ...
Sim, sim, gosto mais desta resposta ... estarei eu a aprender a lição e finalmente a compreender o significado de Amar? Hum, tenho de ir a mais casamentos, hehehe ;)

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Rótulos?? Quais rótulos?? Manias ...

Tenho uma amiga que começou recentemente um relacionamento ...
Estão a conhecer-se, a situação está a desenvolver-se, lentamente, mas está tudo a correr bem ...
Ela está muito feliz, ele presumo que também ... mas agora os amigos dela perguntam-lhe em jeito de confirmação: "mas já são namorados?"
E eu acho graça que lhe perguntem isso, porque penso que reflecte a necessidade do ser humano (ou será só do português?) de dar nome a tudo ... rótulos!
Ainda acho mais piada porque eles estão à beira dos 30 e eu pensava que nesta idade já não se chamava "namorar", mas "estar num relacionamento" :)
Actualmente, vivemos numa sociedade em que vejo cada vez mais relações "fast food", e encontrar alguém decente é tão difícil, acho que é mesmo uma questão de sorte, que eu não entendo o porquê das pessoas ainda precisarem de complicar, com perguntas desnecessárias (pelo menos na minha perspectiva).
Eu coloco a situação desta forma ... se eles estão bem, estão a entender-se, vão apaixonar-se mais depressa, ou mais intensamente se tiverem o rótulo de "namorados"? A palavra valida o sentimento, torna-o real?
Acho que as pessoas têm esta necessidade para acreditarem, para compreenderem melhor que o relacionamento é sólido, porque se já namoram, não é uma brincadeira de uma noite, é a sério! E depois já podem começar a pensar no casamento e nos filhos! Xiii, exagerada que eu sou, hehehe ...
Por mim, eu só quero é que esta menina seja feliz, porque ela bem merece, e que a ter rótulos seja o de "amiga do coração que está a redescobrir o Amor porque nunca deixou de acreditar" :) Agora só falta o "happy end", ou essa frase é outro rótulo romântico? Manias!!

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Amar para ser Feliz?

Li há tempos um artigo que inquiria sobre a importância que o amor tem na nossa felicidade, questionando se temos de amar para atingirmos o "nirvana" ...
Uma das entrevistadas defendia a teoria de que "actualmente o amor é encarado como a solução milagrosa para todas as dúvidas do ser humano e que o facto é que acaba por ser grande fonte de stress para a maior parte das pessoas".
Até concordo, porque se pensarmos bem no contexto da sociedade portuguesa, quando alguém está solteiro e se assume feliz (principalmente nós, mulheres); namora há mais de 10 anos sem casar ou diz que não faz grande questão de ser mãe/pai, é logo apontado como um membro desviante da sociedade.
Vou ser mázinha, mas a sorte das 4 meninas do "Sexo e a Cidade", acima dos 40 anos, solteiras, independentes e realizadas, é que viviam na "Big Apple", porque no nosso país seriam prontamente apelidadas de "solteironas que vão ficar para tias" ... hehehe
Reflictam no que o artigo adianta: "Imagine alguém dizer que é contra o amor. É considerado um herege. As propagandas, as novelas, os filmes, os conselhos dos parentes, tudo contribui para promover os benefícios do amor. (...) E quando cai por terra a expectativa do romance e da atracção sexual eternos, surge a pergunta "o que há de errado comigo?" ...
Não podia estar mais de acordo, já que eu, que nem 30 anos tenho, depois de algumas negas e desilusões (e apesar de saber que sou boa rapariga), começo a pensar se o problema não estará em mim, se sou eu que tenho de mudar e adaptar-me a uma sociedade de relações "fast-food", em que ser genuína e dizer o que penso não são as características mais desejadas.
Será justo a sociedade apontar o dedo a quem não tem os mesmos anseios e prioridades do que a maioria da população? Desde quando é que pensar diferente é estar, à partida, errado?
O que vale é que, conforme vou constatando, as mentalidades estão a mudar, e as pessoas vão-se apercebendo de que o casamento nem sempre é a garantia de um "final feliz", e que as rotinas do dia-a-dia, os feitios difíceis e as discussões depois de um mau dia no trabalho dificultam o romantismo e o manter da "chama da paixão" acesa ...
Viver juntos, em união de facto, começa a ser uma alternativa igualmente viável, com os mesmos direitos e menos chatices ...
Ainda assim, e independentemente do nosso estado civil, penso que o maior problema de muitos casais é projectarem a sua felicidade na outra pessoa, responsabilizando-a por isso e lavando as mãos dessa função ... assim, se não estão bem, a culpa é sempre do outro ...
Por mim, assumo que sou feliz solteira, mas sei que consigo ser um bocadinho mais (um bocadinho grande!), se tiver alguém para partilhar os meus pequenos e grandes momentos de "bliss" :) mas primeiro tive de alcançar a tranquilidade interior que me permite estar numa relação de forma saudável, respeitando o espaço da outra pessoa, sem pressões e inseguranças ...
E antes de começarem a pensar que estou contra o casamento, trago boas novas!
Segundo o "The Sunday Times", os cientistas descobriram o amor verdadeiro!
Durante uma pesquisa, e submetidos a exames ao cérebro, uma pequena parte dos casais avaliados demonstrou a mesma paixão ao fim de 20 anos de casamento, à que experimentaram no início da relação ...
Isto vem baralhar os dados e o que até agora era tido como certo: o amor e o desejo sexual conhecem um pico no início da relação e diminuem com o decorrer do tempo.
Segundo este estudo, há efectivamente alguns sortudos que conseguem experimentar o Amor para toda a vida :) Mas alguém tinha dúvidas? Eu não ;)
E neste fim-de-semana em que comecei a escrevinhar este lindo texto, convivi com um casal que está junto há quase 40 anos, um casamento em que são evidentes o carinho e a cumplicidade, mas também a honestidade (não têm pruridos em dizer o que pensam) e o mais romântico de tudo é quando ela o chama de "marido", como se esta fosse a palavra mais terna, a mais importante do dicionário, e a que resume tudo o que um amor de tantos anos deve ser ...
Resumindo, penso que o segredo poderá ser deixarmos de ver o amor como a solução para todos os problemas e frustrações, uma escapatória, mas como um prolongamento da nossa felicidade ...
Eu acho que estou no bom caminho, pois como alguém já me disse um dia, vou encontrar o "Big Love" porque eu acredito ... e apesar dos trambolhões, a minha crença no mais belo sentimento do mundo continua inabalável e incansável :)

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Teste do SAPO: "Quem Sou Eu?"

Este foi o resultado de um teste que fiz no portal do SAPO, intitulado "Quem Sou Eu?", no qual recebi 45 pontos:

"Os outros vêem-na como sendo uma pessoa com vivacidade, charmosa, divertida, prática e interessante.
Alguém que está sempre no centro das atenções mas que não deixa que isso lhe suba à cabeça.
Também é vista como uma amiga delicada e compreensiva, sempre disposta a animar e ajudar aqueles que a rodeiam."

Gostei do que li :)

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Descobrir a felicidade, sem precisar de colírio :)

Até há bem pouco tempo, achava que a felicidade era coisa destinada aos outros.
Estava habituado a ver quem me rodeava feliz, com alguém ao lado ou simplesmente feliz porque se sentia feliz.
A felicidade dessas pessoas era daquelas verdadeiras, espontâneas, daquelas que produzem um brilho diferente no olhar e rasgam os lábios num sorriso perfeito e apaixonante.
Era, portanto, uma felicidade exibicionista e autêntica, como todas as felicidades verdadeiras que se prezem devem de ser.
Eu, que nunca gostei de perder nem a feijões, também mostrava a minha felicidade.
Ria de orelha a orelha e fazia-o até me doerem os músculos.
Os meus olhos levaram tanto soro fisiológico que ainda hoje não entendo como não ficaram baços como os do tubarão.
Mas o que importava na altura era que o soro limpava os olhos e ajudava-me a ter o brilho das pessoas felizes!
Assim foi durante anos.
Com sucesso, deixem-me que vos diga.
Foi tão assim que até eu me convenci que era realmente feliz.
O meu sorriso tocava cada vez mais nas orelhas, os músculos já se tinham habituado, e os olhos brilhavam como dois faróis.
Estava o assunto arrumado e, face a estes sintomas, não havia quem se atrevesse a me diagnosticar o que quer que fosse abaixo de felicidade extrema.
Mas tal como as bolas de sabão que nascem do sopro de uma criança, também esta bela história tinha morte anunciada.
Apesar de neste momento me apetecer dramatizar, para prender até ao fim os leitores deste simples escrito, tenho de admitir que a descoberta de que a felicidade se fazia de outros ingredientes não foi uma tragédia, antes pelo contrário.
Descobri quando passei a senti-la realmente.
Agora os meus olhos brilham sem soro – deixei de usar aquela porcaria – e o meu sorriso não é tão longo, mas é sincero. E já agora bonito também!
Este texto não vem a propósito de nada, a não ser do meu estado de espírito.
Teu fã ;)

P.S.:
Um texto tão lindo merece estar no meu blog, ainda que não seja da minha autoria, mas de alguém que me é muito querido, e que agora, é feliz :) Vêem como acontece? Basta acreditar ... IP