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segunda-feira, 29 de junho de 2009

As Ânsias do Amor - PARTE I

Cada vez mais me convenço de que amar alguém é uma das tarefas mais difíceis que alguém pode querer levar a cabo ...
Quando está tudo bem, é o melhor sentimento do mundo, parece que levámos com uma injecção de felicidade, cujo efeito nunca parece passar, e que nos faz sentir que afinal, era possível acontecer-nos a nós :)
Mas quando amamos e não somos correspondidos, começa o tormento ... uma dor de alma que não pára nem a dormir, nem a comer, nem a passear, simplesmente não pára ... e consome-nos ... dia e noite, substituindo a lembrança dos dias de puro contentamento, por uma dolorosa picada constante ...
Outro dia, ouvia o desabafo de um apaixonado que encontrou a sua alma gémea, com quem viveu uma história de amor como aquelas que vemos nos filmes ... eram apelidados de "casal perfeito", e com ela, ele aprendeu a saborear a vida e todos os seus maravilhosos detalhes com uma intensidade até então desconhecida ...
Confessou-me que a sua amada o tornara uma pessoa melhor, mais sensível e menos distante, e que tinha mesmo a certeza de ter encontrado a mulher ideal para partilhar o resto da vida ...
Infelizmente, as certezas não eram mútuas ... julgo que a maioria ficaria assustada com um sentimento tão belo e avassalador, quando não sente o mesmo ... é preciso ter coragem para deixar-se levar e arriscar na mais louca aventura de sempre.
Pois ... o "casal perfeito" separou-se, mas ele não se conforma ... não depois de ter encontrado o que tantos procuram, às vezes durante uma existência inteira! E é com um brilho nos olhos, que ele me afirma, sem vacilar, que não está disposto a desistir do grande amor da sua vida.
Não sei as razões dela, mas gostava de acreditar que este "encontro de almas perfeitas" vai ter um final feliz, porque seria muito triste se uma história tão linda e mágica terminasse assim, como se de um sonho se tratasse, e agora fosse altura de acordar, na mesma cama fria e vazia de todos os dias ...
No pior dos cenários, já disse a este apaixonado, que mesmo que as coisas não corram como ele espera, ninguém lhe pode tirar o tempo que passou com ela, e a recordação desta menina especial, com quem aprendeu o que significa gostar de alguém mais do que a própria vida e estar disposto a tudo, para a ver feliz ...
Aborrece-me só o poder ajudar com palavras, gostava de fazer mais, mas não posso interferir ... nestas situações, ou se sente, ou não se sente e ninguém merece um afecto morno, quando se entrega de olhos vendados e coração inteiro, escancarado de sentimento ...
Há porém uma pergunta que me inquieta e para a qual não tenho resposta, por mais que tente: "quando desistir?" ... quanto tempo terá de passar para percebermos que não vale a pena continuar a insistir?
Este apaixonado luta e desespera por este amor há meses, e não obtém mais do que sinais confusos, mas nunca um primeiro passo ... se ele sucumbir à repetida nega, passará definitivamente a fazer parte do passado dela, da alma gémea que nunca pensou sequer existir?
Já estive na mesma situação ... nunca quis pressionar o moço nem encostá-lo à parede, pedindo uma prova de amor, uma prova de interesse, porque sempre soube no meu íntimo, que ela me seria recusada ... por ter tanto medo desta verdade dolorosa, acabei por nunca saber até que ponto ele gostava de mim ...
Penso que este é o principal problema deste apaixonado, a quem eu tentei fazer ver que, se ele tem receio que a sua amada falhe o derradeiro "teste" (ainda que deteste esta palavra!) e o deixe sair da vida dela, sem luta, será ela merecedora do sentimento que ele lhe oferece? Ele acha que sim, como eu também já achei em tempos ... até o copo transbordar ... mas até lá, quanto mais sofrimento e mágoa terá ele de aguentar? Já não sei o que pensar, digo-lhe simplesmente que siga o coração e persista, enquanto acreditar no amor de ambos, e ver o que acontece ...
Mas estas ânsias do Amor, levam-me a outro desabafo, que agora dói demais escrever ... depois quem sabe ... resta-me a esperança, como sempre ...

6 comentários:

  1. Também eu já eu estive nesta situação, acho que infelizmente muita gente já passou por isso, sortudos os que nunca passaram...

    Na minha modesta opinião penso que cada caso é um caso, não vale generalizar. Existem uns que não vale a pena lutar, ter todo o sofrimento de um esperança que depois não dá em nada. Outros casos que de facto têm hipoteses de se resolverem e dar em algo verdadeiro e profundo.

    Este teu amigo gosta demasiado dela, sei o que é isso, e eu acredito que vale a pena lutar nem que seja pa ficar com todas as certezas, e depois se não der seguir com a sua consciência tranquila. Mas também é preciso ver quando se está cego, e quando já ultrapassamos limites. Se ele está há meses nisso, não sei se seria melhor repensar a sua vida e arranjar alguém que mereça a sua atenção. Porque o grande amor para uma pessoa, pode não ser o grande amor pa outra. E é assim que não se é correspondido.

    Mas eu já conheci dois casos, em que elas tanto lutaram, fizeram de tudo para estar com eles, ao ponto de quase cairem no ridículo, e eles não lhes davam a menor bola, mas por fim conseguiram que eles gostassem delas. Um destes casos já deu em casamento. Tudo depende de cada casal, das pessoas envolvidas.

    Precisa é de haver esperança e nunca deixar de acreditar que o amor pode aparecer. Pra uns chega mais cedo, pra outros mais tarde, mas chega. Tem dias em que tudo é muito triste, sem amor a vida perde muito o seu sentido, por isso não nos dar ao luxo de pensar que ele não virá pra nós.
    Beijins

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  2. Xiça penico, escreves sempre melodramas. Acho que quando encontrares namorado se acaba o blogg, não?!
    Beijos e continua!!!

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  3. É realmente uma situação complicada e muito dolorosa. E saber quando desistir, continua a ser, pelos vistos, uma questão extremamente complicada.
    Por muitas adversidades que se encontre, por muito negra que a situação esteja,o amor impede-nos de baixar os braços.Coragem a mais ou "cobardia" ? Depende do ponto de vista!
    Será coragem a mais se realmente esse amor nos deixar com uma grande força para continuar a lutar, mesmo contra as adversidades. "Cobardia" .. poderia ser se recusar a desistir por ter medo do sentimento que essa desistência poderá trazer.
    Acho que ninguem pode realmente prever quando é a altura de desistir. Tudo depende do coração e força de espirito de cada um e também da quantidade de sofrimento que cada individuo consegue suportar derivado à luta muitas vezes inglória.
    A pessoa que ama, fica realmente com a sua objectividade e racionalidade um bocado comprometida.. pois mesmo que seja capaz de ver claramente as coisas tal como elas são, o seu coração não permite que a mente processe isso de forma 100% racional e isso é um factor que realmente condiciona o comportamento de cada um.
    Com o passar do tempo, começam a surgir alguns conflitos internos entre a parte emocional e a parte racional e aí julgo que o mais acertado a fazer é tentar definir um limite e "escolher" a que lado de nós é que então deveremos dar ouvidos
    A esperança é a ultima a morrer e se calhar, para muitas pessoas, essa esperança só irá morrer realmente quando a própria pessoa morrer mas seria realmente triste se fossemos a passar anos e anos a fio sempre com esperança..e depois, no momento da nossa morte, reconhecermos que deitamos fora o resto da nossa vida, com uma esperança que não nos trouxe nada.
    Será o amor verdadeiro.. realmente eterno? Amor de alma gémea é mesmo eterno como alguns dizem? Acredito que sim! Por muita dôr que isso nos possa trazer, simplesmente não podemos fugir a isso a partir do momento que o encontramos.
    E o que se costuma dizer que é melhor ter amado e perdido do que nunca ter amado? Bem... complicadinho,não acham?
    Se calhar até poderia dizer que tinha sido melhor nunca ter amado, pois dessa forma não teria passado o resto da vida com aquela dôr aguda no coração! Faz todo o sentido e mesmo os mais românticos, poderão ver a lógica desta afirmação. Mas, claro que enquanto houver energia e esperança, continua a se aplicar o ser melhor ter amado e perdido do que nunca ter amado, porque continua a haver a esperança de que algum dia as coisas vão mudar e tudo irá voltar a se compor, havendo o regresso da felicidade e estado de embriaguês permanente.
    O amor não tem limites e provavelmente a esperança também não tem.
    O que terá limites é a capacidade de sofrimento da alma de cada um de nós e será isso a determinar realmente até que ponto é que o apaixonado em sofrimento irá persistir na sua luta para reconquistar a sua alma gémea.

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  4. O amor é a força propulsora de tudo, do mundo, se calhar Deus é realmente amor, mas eu cada vez menos percebo de amor. Quanto mais avanço nesse caminho, mais encruzilhadas surgem adiante. Que fazer? Será utopia? Gostei de cá aparecer, beijos

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  5. Querida Isabel...por muito bem que escrevas e acredita, adoro os teus textos, o que é feito da outra parte da "história"? Há sempre duas verdades da mesma situação...

    Já não há liberdade para recusar esse "grande amor", que afinal até poderia não ser assim tão grande? Agora já se podem sufocar aqueles que são objecto do nosso dito "amor"? Se realmente fosse esse o verdadeiro sentimento, o único passo lógico a dar seria conceder a liberdade para que a pessoa a quem dizemos amar seja feliz. Assim não sendo, só encontro uma palavra para todo esse desperdício de tempo: "obcessão"!

    Sim, porque não acredito que após meses, homens e mulheres feitas mandem sinais confusos...com certeza há alguém a querer tapar o sol com a peneira.

    Um BIG HUG pra ti, Isabelinha. ;)

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  6. Olá amiga, desconheço, por completo, o caso a que te referes mas a tua história dramática só ouviu um lado. Já tentaste saber do outro lado qual a verdade da história? Os jornalistas ouvem sempre os dois lado...Lol

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