Protected by Copyscape Online Copyright Checker

sábado, 31 de janeiro de 2009

Histórias de uma cozinheira e do seu pónei amarelo ...

Vi há dias o filme "Revolutionary Road", que tinha uma premissa que sempre me intrigou ... se é verdade que a realidade do nosso quotidiano (casamento, filhos e trabalho) nos impede de concretizar os nossos sonhos de meninice ...
Quando eu andava na escola dizia que, "quando fosse crescida", queria ser cozinheira e ir para o trabalho montada no meu pónei amarelo (a minha cor favorita na altura), e apesar de hoje em dia só esse pensamento me dar vontade de rir, com os meus 4, 5 anos eu afirmava-o com a certeza de quem já sabe o que quer fazer o resto da vida :)
Ok, o meu sonho de infância não é o melhor exemplo de um projecto de vida, porque a bem da verdade, nunca tive um pónei e cozinhar não me deixa em êxtase, mas o que quero mostrar com este exemplo é a facilidade com que abrimos mão das nossas antigas aspirações, por acharmos que eram tontas e irrealistas ... sei que nem todos podemos ser astronautas, pilotos de Fórmula 1 ou modelos de alta costura (ou cozinheiras com póneis), mas podemos ao menos tentar e lutar pelo que outrora nos parecia tão essencial para a nossa felicidade ...
Porque a alternativa é acomodarmo-nos a uma vida mais tranquila e previsível, mas em que sentimos aquela pequena inquietação, a de sabermos bem lá no fundo que não tivemos a coragem suficiente para arriscar e cometer uma loucura, quem sabe, e viver a vida que sempre imaginámos ...
No filme, os sonhos iniciais de uma vida diferente que acabou por nunca chegar, levou a que o casal de protagonistas entrasse em ruptura ... ela recusava-se a levar uma existência sem desafios e ele achava que a conseguia fazer feliz, mesmo assim ... a história não terminou com um final feliz, embora eu tivesse essa esperança ... pensei até aos últimos minutos da película de que o amor ia ser mais forte e fazer a diferença, impulsionando o concretizar da visão de felicidade que ambos partilhavam ...
Mas já diz a canção, que nem sempre o amor é suficiente ... o que vale é que eu continuo a achar que esta é a excepção à regra, e enquanto for assim, tudo bem :)

2 comentários:

  1. Ok... Eu queroooo um póóóóóóneiiiiii lol

    ResponderEliminar
  2. A minha história é de um médico que queria ter um M3. Foram apenas cerca de oito anos a lutar para que tal acontecesse e, para que o absurdo tomasse forma, bastaram duas décimas de um valor para que tal não acontecesse. A vida pode ser irónica , mas admito que este não é um problema digno de discussão, quando sabemos de tantas desgraças que assolam os outros.
    Em defesa do amor só abdiquei de ter relações amorosas com outras raparigas... certo ou errado outras coisas fiz.
    Quanto ao meu sonho dissolveu-se na dureza da vida que agora levo; tornei-me muito mais humilde, compreensivo e até passivo. Não foi por amor, nem por uma relação que perdura há dez anos. Mas os meus sonhos de infância já não existem, em detrimento de outros, bem mais capazes e suficientes para que eu tenha uma vida preenchida e feliz.
    Irei continuar assim e nunca deixarei que uma relação amorosa reprima a minha individualidade.
    O Amor é sempre suficiente, é condição necessária que este exista...

    ResponderEliminar