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domingo, 1 de fevereiro de 2009

A Idade do Amor ...

Quantas vezes já ouviram uma pessoa de meia-idade, viúva ou divorciada, dizer que "já estou velha demais para voltar a encontrar alguém" ... e eu ponho-me a pensar se o Amor tem idade ...
Segundo a minha ordem de ideias, há um tempo para tudo: quando somos adolescentes e começamos a namorar, achamos logo que encontrámos o grande amor da nossa vida e que vai durar para sempre (ingénuas...)
A verdade é que é muito raro durar, e quando nos voltamos a apaixonar na idade adulta, já temos um maior discernimento para relativizar os sentimentos e percebermos que não vale a pena usar o verbo "amar" com o 1º namorado (é muito cedo, acreditem) ...
É depois dessa fase e de amadurecermos a cabeça e o coração, que vivemos os relacionamentos de uma outra forma, mais profunda, ainda que igualmente apaixonada ;)
E depois aparece aquele homem que se torna o nosso companheiro de uma vida, e com quem partilhamos os momentos mais especiais, temos filhos, netos ... e que, quando desaparece, nos deixa a alma vazia e o coração em mil pedacinhos ... é depois dele, que achamos que já não vale a pena apaixonarmo-nos outra vez, nem conhecer mais ninguém ...
Ainda assim, acho que não há uma idade ideal para viver um grande amor, ele aparece às vezes quando menos esperamos ... e apesar de eu ainda ser uma "piquena" e caloira nas artes do Amor, gosto de acreditar que podemos amar mais do que uma pessoa na vida.
Ainda que haja sempre o "tal" homem que nos deixa marcas mais profundas, seria uma grande pena que só pudéssemos amar de alma e coração uma única vez em toda a nossa existência.
Prefiro pensar que amamos de forma diferente todos os homens que passam pela nossa vida, e que todos eles nos ensinam algo mais (bom ou mau) acerca desta arte :)
E portanto, quando oiço alguém dizer que é velho demais para voltar a amar, apetece-me perguntar-lhe "E qual é a idade do Amor?" ...

3 comentários:

  1. Por vezes é compreensível a forma como se comporta o ser humano mais "velho"... pela(s) experiência(s) que já viveu até ao momento, as boas e menos boas recordações que teve da(s) sua(s) relação(ões)... Por vezes chega ao ponto de que já não há força para "arrancar" uma nova experiência no Amor, "desenferrujar" o que está com "ferrugem" etc etc... atenção sem pensamentos perversos... Estou de acordo contigo Isa (mais uma vez), mas por tudo o que essas pessoas já passaram o receio de sairem magoadas ou magoar alguém, o receio de voltar a confiar quando outrora foi traída(o), o receio de pensar estar a ser infiel ao seu(sua) amado(a) já falecido(a)... são questões que pesam na consciência dessas pessoas para voltarem a ter uma nova vida, um novo doce no Amor... O Amor terá idade? Eu não sei, até lá vou esperar até que me abrace...

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  2. Sobre este tema tenho uma situação que me aconteceu:
    O meu primeiro amor, tinha eu uns onze anos, surgiu. Acordava cedíssimo apenas para vê-la através do vidro do autocarro, que pontualmente, passava perto da minha rua. Sempre que possível, ia buscá-la à escola no intuito de acompanhá-la até casa. Era um passeio generoso. Finalmente, pedi-a em namoro e obtive a seguinte resposta:
    -Sou muito nova para essas coisas!
    Aprendi uma grande lição... Amar não está ao alcance de todos, assim como não há idades para o amor.
    Nunca deixei de amá-la, mesmo esquecendo-a em detrimento de outras raparigas... acusem-me de que fui muito precoce, mas tal não é motivo, pois não encontro idade para amar; vejo apenas aqueles que procuram um parceiro e os que usufruem de tal. Se amam ou não é um problema deles, mas para quem seja minimamente observador é fácil entender que amor e ódio existe em todas as idades.

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  3. O amor não tem idade, mas é natural que quanto mais jovens somos mais acreditamos nele, mais o sonhamos. E o pior da idade, é que com ela ganhamos experiencia e com isso ganhamos feridas fruto das desilusões que se tem. Por isso começa-se a perder a capacidade de amar e de se acreditar no amor...isso é mto mto triste!! Quando ouvimos os mais velhos dizer que isso é coisa de jovens, sentimos o tom de desdém na conversa, o tom a querer dizer que nem vale a pena sequer pensar em algo que já se apagou...

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